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Passeata contra regime do Irã reúne milhares em Berlim

22 de outubro de 2022

Cerca de 80 mil pessoas marcham na capital alemã em solidariedade às manifestações contra o governo em Teerã em resposta à morte de Mahsa Amini e contra a repressão brutal dos protestos no país.

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Deutschland | Iran-Demo in Berlin
Foto: Markus Schreiber/AP Photo/picture alliance

Cerca de 80 mil pessoas, segundo números da polícia, marcharam neste sábado (22/10) em Berlim em solidariedade aos protestos antigovernamentais no Irã, onde uma onda de protestos iniciada por causa da indgnação pela morte de uma jovem sob custódia tornou-se um desafio para a nação islâmica.

"Hoje, milhares de pessoas mostram sua solidariedade com as corajosas mulheres e manifestantes no Irã", escreveu no Twitter a ministra alemã da Família, Lisa Paus. "Estamos ao lado de vocês", acrescentou.

Entre os participantes da manifestação organizada por um coletivo de mulheres, algumas carregavam faixas com o slogan "Mulheres, vida, liberdade", outras empunhavam bandeiras curdas.

Por mais de um mês, manifestações em grande escala vêm ocorrendo no Irã, desencadeadas pela morte da jovem curda iraniana Mahsa Amini após sua prisão.

Amini, de 22 anos, morreu três dias depois de ser detida pela polícia da moral em Teerã por não cobrir todo o cabelo ao portar o véu, violando o rígido código de vestimenta do Irã, onde o acessório é obrigatório para todas as mulheres em espaços públicos.

A repressão aos protestos – os mais importantes no Irã desde os de 2019 contra o aumento do preço da gasolina – causaram mais de 200 mortes, incluindo crianças, segundo a Iran Human Rights (IHR), entidade sediada em Oslo.

Na segunda-feira passada, a União Europeia (UE) impôs sanções que atingem principalmente a polícia da moral do Irã, em resposta à morte de Mahsa Amini, de 22 anos, e à repressão brutal dos protestosnas últimas semanas no país. As milícias Basij, a Força Disciplinar e o comando de defesa cibernética do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, também são afetadas.

De acordo com o Jornal Oficial da UE, a polícia moral é acusada de violência ilegal contra mulheres que não cumprem as leis iranianas sobre o uso do hijab islâmico, bem como de violência sexual e de gênero. Ela também teria realizado prisões e detenções arbitrárias e usou força excessiva e tortura.

md (AFP, AP, Reuters)