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Futebol e diversidade cultural no programa da Copa

(rw)8 de setembro de 2005

Música, teatro, design, dança, literatura e futebol de rua provam que futebol e arte têm muito em comum no vasto programa cultural do Mundial de Futebol na Alemanha.

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Beckenbauer visto por WarholFoto: AP

Mais de 900 artistas de todo o mundo participam do programa cultural da Copa 2006, com atrações marcadas para antes e durante o certame. Através de 48 projetos, os organizadores do Mundial querem mostrar que futebol é mais do que mera competição.

Franz Beckenbauer, presidente do Comitê Organizador da Copa, ficou entusiasmado com a variedade das opções culturais. "Cada vez me surpreendo mais com tudo o que se pode fazer em torno do futebol. Ao ver o programa cultural, me pergunto se ainda há necessidade de jogar as partidas", disse.

Franz Beckenbauer - Fussball WM 2006
Franz BeckenbauerFoto: AP

O kaiser é motivo de um dos quadros da exposição Rundlederwelten (Mundos da Bola), feito em 1977. "Andy Warhol me entregou o quadro depois de minha primeira partida pelo Cosmos", lembrou o melhor jogador europeu dos anos de 1972 e 1975. Warhol é um dos 66 artistas representados na mostra, que reúne pinturas, fotografias, instalações, esculturas e vídeos que têm por tema o futebol no Martin Gropius Bau, em Berlim, de 20 de outubro de 2005 a 8 de janeiro de 2006.

Cultura verde-amarela

O Brasil, país do futebol, tem representação direta em pelo menos dois projetos: Maracanã, um espetáculo de dança concebido pela coreógrafa brasileira Deborah Colker, que estréia em Hamburgo no dia 25 de janeiro do próximo ano, e Garuma, peça de Ad de Bont encenada por Adriana Altaras, que enfoca a vida de um menino pobre no Brasil que enriquece com o futebol. A peça sobre a ascensão e o ocaso de um ídolo estréia em Berlim em março do próximo ano. Até junho, ela ainda poderá ser vista em Stuttgart, Rostock, Potsdam, Hannover, Siegen, Dortmund e Bremen.

No mínimo curioso é outro projeto: Die Tiefe des Raumes (ou profundidade da área, em tradução livre) é o primeiro oratório sobre futebol da história da música. A peça, composta por duas partes de 45 minutos cada, estréia na RuhrTriennale em Bochum no dia 11 de setembro de 2005. O título provém da autobiografia do ex-jogador Günter Netzer, hoje comentarista esportivo e empresário.

Günter Grass mit Zeichnung
Günter GrassFoto: dpa

Também os ídolos das letras foram escalados. Autores como Günter Grass, Gabriel García Márquez, Umberto Eco e Péter Esterházi, entre outros, foram convidados para falar de futebol em janeiro próximo e mostrar que cultura e futebol andam lado a lado.

Da passarela ao hip hop

Nem a moda foi esquecida: em Catwalk with Ball, jovens estilistas têm oportunidade de esbanjar criatividade criando acessórios e roupas que podem ser usados tanto nos estádios como em jantares de gala. Grandes estrelas do hip hop internacional participam do HipHopWorldChallenge, em Lepzig, nestes dias 9 e 10 de setembro.

Paralelamente, a emissora teuto-francesa Arte, canal oficial do programa cultural da Copa 2006, vai transmitir uma série de programas, filmes e documentários relacionados ao futebol. Anstoss é o nome da revista oficial do certame. Ela terá seis edições e já está sendo publicada desde 2004.

Concerto ao ar livre encerra o programa

Outro grande acontecimento no âmbito da diversidade cultural será o Streetfootball Festival, que reunirá jogadores de rua de todo o mundo em Berlim em julho do próximo ano.

Fußball Globus FIFA WM 2006
O globo de futebol em BerlimFoto: AP

Todo este programa será coroado com um grande concerto gratuito a céu aberto da Orquestra Sinfônica Alemã em Berlim, com regência de Ingo Metzmacher, no dia 2 de julho de 2006.

Um elemento deste programa já está sendo visitado desde setembro de 2003. É o globo do futebol, sala de lazer e exposição itinerante, que já atraiu mais de 500 mil visitantes em sua viagem pelas 12 cidades que sediarão os jogos da Copa.