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Angola: Pequenos partidos disponíveis para apoiar Governo

Lusa
7 de outubro de 2022

O Presidente angolano recebeu hoje os responsáveis máximos de três forças políticas da oposição angolana com assento parlamentar, que manifestaram disponibilidade para trabalhar com o Governo.

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João Lourenço
Foto: Getty Images/M. Spatari

O Presidente angolano João Lourenço recebeu hoje em audiências separadas os líderes do Partido de Renovação Social (PRS), Benedito Daniel, do Partido Humanista Angolano (PHA) Belas Malaquias, e da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Nimi a Simbi.

À saída do encontro, Benedito Daniel realçou que este é o primeiro encontro depois das eleições gerais de 24 de agosto, das quais foi vencedor o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

"O chefe de Estado felicitou-nos por termos conseguido eleger dois deputados e aproveitamos a oportunidade para felicitar sua Excelência Presidente da República por ter sido eleito e dissemos que estamos abertos para contribuir com as nossas ideias para a construção de uma nação que nós pretendemos construir, apesar das nossas adversidades ideológicas, mas nós podemos conviver como angolanos na construção de uma nação", referiu.

Reforçar a democracia

Florbela Malaquias
Florbela MalaquiasFoto: Nelson Francisco Sul/DW

Por sua vez, Florbela Malaquias disse que foi um encontro de cortesia, no qual foi abordado a disponibilidade de o chefe de Estado reforçar a democracia na relação com os partidos políticos.

"Nós, Partido Humanista de Angola, manifestamos a nossa disponibilidade de estarmos sempre na consonância daqueles pontos que venham para humanizar Angola, para reforçar a democracia e tudo aquilo que seja bom para os angolanos. Ali nós estaremos presentes", disse a líder do Partido Humanista de Angola.

Florbela Malaquias salientou que observou no encontro a necessidade de maior facilidade e liberdade no acesso às terras para o partido trabalhar.

Falta de verbas

Já Nimi a Simbi levou para a reunião como preocupação as verbas insuficientes para o pagamento dos delegados de lista que trabalharam nas últimas eleições.

FNLA
Sede da FNLA em LuandaFoto: Manuel Luamba/DW

"Normalmente, no quadro do diálogo entre os atores políticos em Angola, o Presidente convidou-me para vir, para nos encontrarmos, trocar algumas opiniões e aproveitei colocar alguns problemas próprios da FNLA", referiu, enumerando a falta de verbas para pagar os delegados de lista.

"Nós não recebemos verba nenhuma para suportar os delegados de lista e por isso não conseguimos pagar efetivamente os delegados de lista. Essa questão foi colocada ao Presidente da República, ele deu pista como é que podemos proceder para resolver a questão", frisou.

O chefe de Estado angolano recebeu também, na quinta-feira (06.10), o líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Adalberto Costa Júnior, que defendeu no encontro mais democracia para o país e despartidarização das instituições.

Angola realizou as quintas eleições gerais no dia 24 de agosto passado, e foi vencedor o partido no poder há 47 anos, o MPLA, e João Lourenço eleito Presidente da República, o seu segundo mandato.

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