Crise económica dominou a campanha eleitoral
25 de setembro de 2009A Alemanha encontra-se na mais profunda crise económica dos últimos 60 anos. Os economistas advertem que o próximo Governo vai ter que implementar cortes severos nas despesas para combater o défice orçamental.
Embora se vislumbre luz ao fundo do túnel, ela é ténue: em vez dos seis pontos percentuais de crescimento negativo originalmente prognosticados para 2009, a maioria dos institutos económicos independentes conta agora com um recuo de "apenas" 5%. As exportações, o motor da economia alemã, recuaram 23% em termos homólogos entre Janeiro e Junho do ano, a maior quebra de todos os tempos.
Consumo privado estável apesar da crise mundial
O consumo privado mantém-se estável, mas graças sobretudo à inflação zero dos últimos meses. Uma sondagem recente mostra que o grande receio dos alemães continua a ser o desemprego. Previsões pessimistas contam com um desemprego de 12% (cinco milhões) em 2010, um aumento de quatro pontos percentuais em relação à taxa actual, quando chegarem ao fim os subsídios maciços às empresas que reduziram as horas de trabalho em vez de despedir.
No entanto, quando Angela Merkel assumiu o poder em Berlim em 2005, o vento corria de feição à economia alemã. A Alemanha passou a ser campeã mundial em exportações de bens, o emprego, que batera recordes no início do milénio, começou a cair a pique, e Berlim prometia um Orçamento de Estado equilibrado o mais tardar em 2012.
Ouça no Contraste o que se passou desde então e qual foi o desempenho da coligação governamental de CDU/CSU e SPD no cenário de crise.