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Comunicado de Ouattara reflete segurança

8 de abril de 2011

Laurent Gbagbo, presidente cessante da Costa do Marfim, não recuou ainda, mas Alassane Ouattara, presidente eleito, quer finalmente assumir o poder. Numa comunicação ao país, o tom de Ouattara era de segurança.

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Alassane Ouattara, Presidente eleito do Costa do Marfim, reconhecido pela comunidade internacional. Na imagem: Ouattara num comunicado televisivo de 31 de março último
Alassane Ouattara, Presidente eleito do Costa do Marfim, reconhecido pela comunidade internacional. Na imagem: Ouattara numa comunicação televisiva ao paísFoto: AP

Na intervenção que fez na televisão marfinense esta quinta-feira, o tom que Alassane Ouattara adotou era de quem já detém o poder. No discurso, Ouattara prometeu que em breve os bancos voltarão a abrir e os salários serão pagos na Costa do Marfim. Ouattara lembrou o seu pedido à União Europeia de recuar nas sanções impostas ao país. Ouattara prometeu ordem e segurança e lembrou que “é necessário que sejam disponibilizados alimentos no mercado” bem como medicamentos nos hospitais e nos centros de saúde.

O presidente eleito da Costa do Marfim anunciou também que uma comissão de investigação irá esclarecer atos de violência e massacres. As investigações terão já começado nas últimas semanas.

Atitude indispensável, segundo observadores

Alguns especialistas consideram a atitude de Ouattara indispensável para que a paz regresse à Costa do Marfim. Mas a população continua cética. Há quem afirme mesmo que a população marfinense não decidiu ainda se, de facto, deseja ver Ouattara no poder do seu país.

Entretanto, os apoiantes do presidente cessante, Laurent Gbagbo, não estão dispostos a entregar-se. O conselheiro de Gbagbo, Alain Toussain, a Costa do Marfim está a viver “um golpe de estado”, uma vez que Ouattara não foi ainda empossado como presidente e, segundo Toussain, “não pode comportar-se como até agora”.

No país, o dia passou sem avanços junto da residência do chefe de Estado onde Gbagbo permanece há dias. Entretanto, as agências humanitárias da ONU pediram a abertura de corredores humanitários no país para ter acesso aos milhares de pessoas que fogem da violência.

Autor: Dirke Köpp/Bettina Riffel/Marta Barroso

Revisão: António Rocha