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25 Abril: Protesto em Lisboa contra Sissoco Embaló

25 de abril de 2024

Ativistas guineenses protestam em Lisboa contra a presença do Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, nas celebrações dos 50 anos do 25 de Abril, denunciando a repressão no seu país.

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Guineenses protestam em Lisboa
Ativistas guineenses protestam em Lisboa contra Presidente Sissoco Embaló no 25 de AbrilFoto: João Carlos/DW

Cerca de três dezenas de ativistas guineenses reuniram-se hoje diante da Assembleia da República, em Lisboa, para protestar contra a presença do Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, nas celebrações dos 50 anos do 25 de Abril. Armados com cravos brancos e cartazes com dizeres como "Sissoco Embaló Ditador" e "Marcelo lado a lado com um ditador — valores de Abril oprimidos na Guiné-Bissau", além de t-shirts pretas alusivas a mortes, prisões e raptos políticos, os manifestantes concentraram-se desde meio da manhã.

Os ativistas visam alertar para o que consideram uma degradação da democracia na Guiné-Bissau e criticar o convite feito pelo Estado português, que segundo eles, serve para "branquear" a situação política atual do país africano. "Dada a deterioração das liberdades democráticas conquistadas na Guiné-Bissau, sentimos a necessidade de criticar o Estado português pelo convite ao Presidente Umaro Sissoco", declarou Youssef, ativista guineense na diáspora e porta-voz do grupo, à agência Lusa.

Ativistas guineenses protestam em Lisboa
O protesto ocorre no contexto da visita oficial de Sissoco para as comemorações do 25 de abrilFoto: João Carlos/DW

O protesto ocorre no contexto da visita oficial de Sissoco, que é um dos seis chefes de Estado dos países de língua portuguesa convidados pelo Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, para as comemorações que terão lugar esta tarde no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Mariano Quade, outro membro do grupo, expressou à DW África o descontentamento com a presença de Sissoco nas celebrações: "É irónico convidar um opressor para celebrar um dia que simboliza a liberdade, especialmente quando se tem uma ditadura vigente na Guiné-Bissau." Quade questiona o propósito de tal convite num dia tão significativo para a história de Portugal e da luta pela liberdade. 

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