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Há três anos em Angola, Instituto Goethe completa 60 anos

9 de agosto de 2011

Foi no dia 9 de agosto de 1951 que foi fundada uma associação de direito público em Munique na intenção de promover a língua e cultura alemã, no exterior. Incluindo Angola, o Instituto Goethe tem 150 representações.

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A história do Instituto Goethe começa há 60 anos, quando a Alemanha ainda estava dividida e ocupada militarmente.

Depois da Segunda Guerra Mundial, o país ficou isolado em termos políticos e culturais, perdendo toda e qualquer credibilidade no exterior.

Em 1951, quando a República Federal da Alemanha completava dois anos, havia portanto muito que fazer: reconquistar a confiança da comunidade internacional. E o Instituto Goethe assumiu rapidamente esse papel, por meio da cultura.

Atualmente o Goethe tem 150 representações, distribuídos em 128 países. Um dos pilares da instituição é o curso de língua alemã, procurado atualmente por mais de 200 mil alunos, em todo o mundo. Além disso, o centro promove intercâmbio e cooperações internacionais.

Goethe em África

Desde o início da cooperação cultural com os países em vias de desenvolvimento, o instituto ocupou um papel preponderante. No entanto, o continente africano sempre foi menos contemplado que os outros continentes.

Somente em 2008, foi iniciada a denominada "ação África!" e inaugurado no ano seguinte (2009) o primeiro Instituto Goethe em um país africano de língua oficial portuguesa: Instituto Goethe de Luanda.

Christiane Schulte
Christiane Schulte, diretora do Instituto Goethe de LuandaFoto: Goethe-Institut

A diretora do centro da capital angolana, Christiane Schulte, faz um balanço dos primeiros dois anos de atividade em Angola e diz que foi possível estabelecer parcerias na cena cultural de Angola, como por exemplo com o Tribunal de Luanda, o Centro de Formação de Jornalistas e a Universidade Lusíada.

"Atualmente estabelecemos uma rede social de artistas e ativistas culturais e assim abrimos portas e fomentamos o intercâmbio internacional", ressalta.

Alemanha e Angola: história antiga

Alemanha e Angola mantêm relações desde os tempos coloniais. Já em meados do século passado, agricultores alemães estabeleceram-se em território angolano. Depois da independência do país, a cooperação fazia-se a vários níveis, sobretudo com a República Democrática Alemã, ou seja, a "Alemanha do Leste".

Ao ser questionada pela Deutsche Welle se o passado destes dois países contribui para uma maior procura da língua alemã, como idioma estrangeiro, em Angola, Schulte diz que o instituto em Luanda começou a oferecer alemão apenas este ano, mas que mesmo assim "o interesse já é muito grande".

"As pessoas querem aprender o idioma, mas querem também aprender coisas sobre a Alemanha", completa. Segundo ela, as motivações que os alunos têm são diversas: "querem estudar na Alemanha ou por questões profissionais".

O Instituto Goethe de Luanda é um entre os 136 Institutos alemães fora do território alemão, por sinal um dos mais recentes. O mais novo centro inaugurado foi no Chipre, no dia 14 de junho de 2011.

Autor: Antonio Cascais
Edição: Bettina Riffel / António Rocha