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Nova estratégia

24 de janeiro de 2010

Ideia é convencer combatentes recrutados pelos talibãs a desistirem da luta mediante oferta de dinheiro. Plano foi sugerido pelo presidente Hamid Karzai e será debatido na conferência sobre o Afeganistão em Londres.

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Suspeitos de integrar o Talibã detidos em 2006Foto: AP

O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, apoia a criação de um programa para estimular combatentes talibãs a desistirem da luta armada. Segundo ele, a conferência desta semana em Londres definirá uma abordagem totalmente nova para a reintegração de insurgentes à sociedade.

"Há muitos seguidores dos terroristas talibãs que optaram pelo caminho errado não por convicção ideológica, mas por motivos econômicos", declarou o ministro em entrevista ao jornal Bild am Sonntag. Para essas pessoas deve ser oferecida uma perspectiva social e econômica, prosseguiu. "Para isso iremos também providenciar dinheiro adicional."

Um plano nesse sentido foi apresentado na sexta-feira passada pelo presidente do Afeganistão, Hamid Karzai. Em entrevista à emissora britânica BBC, ele disse que quer oferecer dinheiro para rebeldes talibãs que optarem por desistir da luta armada. A oferta obviamente não valeria para militantes da Al Qaeda.

De acordo com Karzai, o Talibã costuma oferecer a pequenos agricultores mais dinheiro do que o governo afegão paga às forças de segurança do país. Em troca, esses agricultores devem lutar do lado dos talibãs.

A ideia de Karzai é fazer os agricultores desistirem dos recursos dos rebeldes. Para isso, o presidente afegão espera contar com o apoio dos países ocidentais. Ele disse que o Japão já teria se prontificado a liberar recursos, e os representantes da potência asiática defenderão a ideia na conferência em Londres, juntamente com os Estados Unidos.

Também o ministro alemão da Ajuda ao Desenvolvimento, Dirk Niebel, se mostrou favorável ao plano. Em entrevista à revista semanal Focus, ele disse ser importante oferecer uma perspectiva aos combatentes que estiverem dispostos a desistir da violência. A conferência de Londres deveria criar um fundo para isso, completou.

AS/dpa/ap

Revisão: Nádia Pontes