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Proteção de dados

22 de janeiro de 2010

Ministros do Interior da UE querem repassar às autoridades de segurança informações sobre passageiros que viajam dentro da União Europeia. Parlamento Europeu se mostra crítico à proposta.

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Parlamento Europeu ameaça bloquear projeto da UEFoto: AP

A entrega sistemática de dados de passageiros às autoridades antiterroristas, planejada pela União Europeia (UE), enfrenta resistência dentro do bloco, como ficou claro nesta sexta-feira (22/01), durante reunião dos ministros da Justiça dos 27 países-membros em Toledo, na Espanha.

A ideia, defendida um dia antes pelos ministros do Interior, é que as polícias europeias tenham acesso a dados privados de passageiros, quando estes forem viajar dentro do bloco. Até o momento, são repassadas informações apenas às autoridades dos Estados Unidos, caso os passageiros estejam viajando para este país.

Até 19 informações são repassadas às autoridades norte-americanas. Entre elas estão nome, endereço, número do cartão de crédito e telefone.

Críticas à proposta

Tanto o Parlamento Europeu como o governo alemão duvidam da eficácia da coleta de dados, com a qual se pretende impedir atentados terroristas em aviões. "É necessário ter muita prudência [em relação a esse assunto]", disse a ministra alemã da Justiça, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger.

O Parlamento Europeu, que precisaria aprovar semelhante proposta, externou dúvidas sobre a proteção de dados e ameaçou bloquear o projeto, caso ele seja apresentado.

A ministra alemã disse serem necessários requisitos muito rígidos para a proteção de dados. As autoridades deveriam obter apenas o mínimo de informações e retê-las pelo menor tempo possível, acrescentou. Pelos planos atuais, os dados seriam arquivados por até 13 anos.

O Parlamento Europeu se mostrou cético em relação à proposta. "Há uma ampla maioria suprapartidária que vê a coleta de dados com restrições", disse a deputada Birgit Sippel, do SPD. Também deputados do Partido Popular Europeu (EPP), conservador, e do Partido Verde Europeu, se declararam contra os planos.

AS/dpa/afp

Revisão: Carlos Albuquerque