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'Arbeit macht frei'

18 de dezembro de 2009

Desaparecimento do letreiro em metal preso ao portão do antigo campo de concentração no sul da Polônia está sendo investigado pela polícia.

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Letreiro desaparecido havia sido feito por prisioneiros poloneses em 1940Foto: AP

A famosa e infame inscrição em alemão "Arbeit macht frei" (O trabalho liberta), com cinco metros de comprimento, presa sobre o portão metálico do antigo campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau, no sul da Polônia, foi roubada por desconhecidos na manhã desta sexta-feira (18/12), disse o porta-voz do museu instalado no local, Jaroslaw Mensfelt.

"Não é só um roubo, como uma horrível profanação em um local onde mais de 1 milhão de pessoas foram assassinadas. Realmente é um ato vergonhoso", afirmou. "Esta manhã cedo os guardas que vigiavam o local notaram que o letreiro não estava no lugar. Imediatamente notificamos a polícia", acrescentou.

Segundo Mensfelt, a polícia polonesa está avaliando as gravações feitas pelas várias câmaras ali instaladas, e abriu um inquérito. Dezenas de policiais, com cães, estão no local e foram levantadas várias barreiras nas estradas de Oswiecim, nome polonês da cidade onde os nazistas alemães instalaram um de seus mais terríveis campos de extermínio.

Símbolo da estratégia nazista

Uma réplica da inscrição de cinco metros de comprimento já foi instalada no local. Ela sempre é usada quando o original está em manutenção.

Auschwitz Tor
Foto: picture alliance/dpa

O letreiro em metal foi confeccionado por prisioneiros poloneses alguns meses após a inauguração do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau em junho de 1940. A frase "O trabalho liberta" converteu-se em símbolo da estratégia nazista para enganar suas vítimas com a falsa sensação de que eram trazidas ali para trabalhos forçados, e não para serem executadas.

Cerca de 1,5 milhão de pessoas morreram no campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, como parte da política de genocídio sistemático do regime nazista. Mais de 200 hectares do antigo campo de concentração foram convertidos em museu, após o final da guerra.

RW/lusa/rtrs
Revisão: Augusto Valente