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Anemia falciforme, uma doença que mata 200 mil crianças por ano em África

17 de outubro de 2009

Esta doença de origem hereditária afecta a população afro-descendente e, muitas vezes, por falta de informação, gera mortes prematuras. A anemia falciforme está associada à malária e o diagnóstico precoce é essencial.

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O "teste do pezinho" é uma pequena agulhada que o bebé recém-nascido recebe e que é crucial para a detecção precoce da doençaFoto: Ismael dos Anjos

A doença recebe o nome de "anemia falciforme" porque as hemácias - células do sangue - adquirem uma forma de foice, com má formação genética, que leva os portadores da doença à anemia profunda, ao inchaço do baço e ao derrame. Em casos de jovens adultos, as infecções são manifestações comuns, a exemplo de úlcera nas pernas. Outra consequência, em alguns casos, é o chamado "priapismo", uma disfunção sexual quando o homem sofre de erecção permanente e dolorosa, que é involuntária, não relacionada com o prazer.

O médico Nélio Januário, que coordenou o Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme, chama a atenção para que a doença seja detectada o mais cedo possível. O exame deve ser feito pelo "teste do pezinho", durante a segunda semana de vida da criança.

A relação indirecta da doença com a malária

A interacção do ambiente, muito fortemente atingido pela malária, faz com que o organismo procure uma reacção de protecção, que por sua vez surge na forma de doença falciforme. Ainda assim, isso não quer dizer que a pessoa com doença falciforme esteja protegida contra a malária.

Esta doença não tem recebido a atenção devida por parte dos médicos e cientistas de países industrializados, provavelmente porque atinge sobretudo as populações africana e afro-descendente.

Conheça melhor a Anemia Falciforme neste Programa Contraste, da autoria de Camila Campos.