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Nazismo

12 de outubro de 2009

Até agora, montadora alemã de veículos esportivos admitia haver empregado 50 trabalhadores forçados durante o nazismo. Mas novo livro revela que esse número pode chegar a 300. Peritos independentes investigarão assunto.

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Foto: AP

A Porsche vai investigar novas acusações sobre trabalho forçado em suas unidades durante o regime nazista. Ainda neste ano, especialistas externos irão avaliar indícios do emprego de centenas de trabalhadores forçados, anunciou o diretor do arquivo da montadora, Dieter Landenberger, ao jornal israelense Haaretz (versão dominical online).

Um porta-voz da Porsche disse que inicialmente acreditava-se ter sido "pequeno" o grupo de trabalhadores forçados empregados, mas que agora foi verificado tratar-se de um número maior.

"Temos de reavaliar este tema. Primeiramente, peritos irão separar os arquivos em questão. Depois, serão consultados especialistas externos. Ainda estamos no início do processo," explicou.

Revelações publicadas em livro

A questão dos trabalhadores forçados voltou à tona após a publicação de um livro sobre criminosos nazistas de Stuttgart, no qual o jornalista Ulrich Viehöfer analisa a fundo o comportamento, entre outros, de Ferdinand Porsche, patriarca da família Porsche.

Segundo o livro, a empresa manteve 300 trabalhadores forçados durante o nazismo. Até agora, a Porsche havia reconhecido apenas 50 casos, entre poloneses, russos, holandeses, flamengos, belgas, tchecos e italianos.

Onze ex-trabalhadores forçados haviam reagido a uma oferta anterior da montadora alemã de carros esportivos, dos quais oito foram indenizados. Segundo ela própria, a Porsche transferiu cerca de 2,5 milhões de euros ao fundo criado por empresas alemãs para indenizar trabalhadores forçados.

RW/dpa/ddp

Revisão: Rodrigo Rimon